igreja maranata – a origem do brado maranata, maranata, maranata

Publicado: 20 de janeiro de 2013 em Obra revelada
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> Existem momentos fortemente marcantes na Iniciação e nas sessões maçônicas
> normais. Um deles é a aclamação: “Huzzé, Huzzé, Huzzé”, firmemente
> pronunciada e três vezes repetida. Aclamação e não exclamação de alegria
> entre os Maçons usual no R.E.A.A. cuja origem é considerada obscura.
> Aclamar = aplaudir, aprovar bradando, saudar, proclamar, ovacionar.
> Exclamar = bradar, gritar. Pesquisas feitas a esse respeito pelo
> historiador Albert Lantoine, declara em 1815: “Acrescenta-se a triplice
> aclamação Huzzé que deve ser escrita Huzza, palavra inglesa que significa
> Viva o Rei e substitui o Vivat dos latinos”. Aclamada por três vezes,
> Huzza! (pronunciar huzzé). Eis a causa da diferença entre a ortografia e a
> pronúncia: é empregada em sinal de alegria. Citando o mesmo Albert
> Lantoine, a palavra Huzza (Huzzé!) é simplesmente sinônimo de Hurrah! ,
> aclamação muito conhecida dos antigos torcedores das partidas de futebol,
> com o Hip! Hip! Hurra!…
>
> Existe mesmo na língua inglesa o verbo to huzza, que significa aclamar. A
> bateria de alegria era sempre feita em honra a um acontecimento feliz para
> uma Loja ou para um Irmão. Era natural que os Maçons escoceses usassem
> esta aclamação. O dicionário “Michaelis” diz: huzza, interj. (de alegria)
> – v. gritar hurra, aclamar. Traduzindo corretamente do árabe “Huzzah”
> (Viva), significa Força e Vigor.
>
> Huzzé era também o nome dado a uma espécie de Acácia consagrada ao Sol,
> como símbolo da imortalidade.
>
> “Huzzé, Huzzé, Huzzé” por constituir uma aclamação, é pronunciada com voz
> forte. Ela é feita apenas por duas vezes em cada reunião, por ocasião da
> abertura e do encerramento. Alivia tensões que eventualmente possam ter
> surgido entre os Irmãos.
>
> Trazemos às Sessões as preocupações de ordem material que podem criar
> correntes vibratórias que põem obstáculos e restringem nossas percepções.
> Ao contrário, no decorrer dos trabalhos, o esforço constante para o bem e
> o belo, forma correntes que estabelecem as relações com os planos
> superiores. Nesse sentido, a aclamação na abertura do trabalho oferece
> passagem à energia habilitando-nos a benefícios (saúde, força e vigor) bem
> mais consistentes e duradouros. O importante é que, ao iniciar a Sessão,
> tenhamos presente que, em Loja, tudo, verdadeiramente tudo, tem uma razão
> para sua existência. Nada, absolutamente nada, se faz no interior de um
> Templo por acaso.
>
> Ao se aproximar do objeto mais sagrado, existente no Templo Maçônico – o
> Livro da Lei -, os maçons lembram pelo nome de Huzzé, expressando com essa
> aclamação alegria e contentamento, por crerem que o Grande Arquiteto do
> Universo se faz presente a cada sessão de nossos trabalhos.
>
> E é a ELE que os Maçons rendem graças pelos benefícios advindos de Sua
> infinita bondade e de Sua presença que, iluminando e espargindo bênçãos em
> todos aqueles que ali vão imbuídos do Espírito Fraterno, intencionados a
> praticar a Tolerância, subjugar as suas Intransigências, combater a
> Vaidade e, crentes que assim procedendo, estarão caminhando rumo a
> evolução espiritual do Homem, meta do maçom.
>
> A Maçonaria é uma Obra de Luz; a prática da saudação está arraigada nos
> ensinamentos maçônicos. A consideração da saudação Huzzé na abertura dos
> trabalhos está relacionada ao meio-dia, hora de grande esplendor de
> iluminação, quando o sol a pino subentende que não há sombra, tornando-se
> um momento de extrema igualdade – ninguém faz sombra a ninguém. Lembra
> também as benesses da Sabedoria, representada pelo nascer do sol, cujos
> raios vivificantes espalham luz e calor, ou seja, a Sabedoria e seus
> efeitos. Quando do encerramento dos trabalhos, a saudação está relacionada
> à meia-noite, nos dando o alento de que um novo dia irá raiar, pois quanto
> mais escura é a madrugada, mais próximo está o nascer de um novo dia. A
> aclamação ao sol no seu ocaso, lembra que a Luz da Sabedoria irradiou os
> trabalhos, agora prestes a terminar, em alusão ao fim da nossa vida
> (meia-noite) quando devemos estar certos de que nossa passagem pelo plano
> terrreno fora pautada por atos de Sabedoria.
>
> No Rito Moderno a aclamação é “Igualdade, Liberdade e Fraternidade”; no
> Adoniramita é “Vivat, Vivat, sempre Vivat”; no Brasileiro “Glória, Glória,
> Glória!” E nos ritos de York (Emulation) e Schroeder não existe aclamação.
>
> Huzzé! é, pois, a reiteração que os Irmãos fazem de sua fé no Grande
> Criador, que tudo pode e tudo governa. E só através DELE encontram o
> caminho para a ascensão.
>
> A primeira reflexão, portanto, em torno da aclamação sugere que analisemos
> nossa vida e verifiquemos se sustentamos os propósitos de paz ou
> espalhamos a agitação.
>
> O Mahatma Gandhi dizia que alguém capaz de realizar a plenitude do amor
> neutralizará o ódio de milhões. Certamente estamos distanciados de suas
> realizações. Não obstante, podemos promover a paz evitando que
> ressentimentos e mágoas fermentem no coração dos que conosco congregam e
> se transformem nesse sentimento desajustante que é o ódio.
>
> Certa feita o Obreiro de uma Loja queixava-se do Mestre de Cerimônias ao
> Venerável por sempre lhe oferecer, na falta dos titulares, os cargos que,
> segundo ele, eram de mais dificil desempenho ou de menor evidência. O
> Venerável, um semeador da paz o desarmou.
>
> – Está enganado, meu Irmão, quanto ao nosso Mestre de Cerimônias. Ele o
> admira muito, sabe que é eficiente e digno de confiança. Por isso o tem
> encaminhado para desempenho das funções e encargos onde há problemas,
> consciente de que sabe desempenhá-los e resolvê-los melhor que qualquer
> outro Obreiro do quadro da Loja.
>
> Desnecessário dizer que com sua intervenção pacificou o Irmão que passou a
> ver com simpatia as iniciativas a seu respeito. Desarmou, assim, o
> possível desafeto passando a idéia de que o Mestre de Cerimônias não tinha
> a mesma opinião a seu respeito, fazendo prevalecer a sugestão de Francisco
> de Assis: “Onde houver ódio que eu semeie o Amor”.
>
> Existem aqueles que entendem huzzé como força poderosa, ou seja, um
> mantra, que deve ser com a consciência de quem a emprega direcionada no
> sentido do bem. Seria essa a razão e significação da palavra Huzzé como
> proposta na ritualística maçônica?
>
> Devemos acrescer, ainda, que Cristo, em várias oportunidades, saudava os
> Apóstolos com um “Adonai Ze” (O Senhor esteja entre vós). Essa aclamação
> os deixava mais alegres e confiantes, formando uma corrente de otimismo.
> Na Idade Média quando um católico encontrava-se com outro, dizia: DOMINUS
> VOBISCUM (O Senhor esteja convosco); PAX TECUM (A paz esteja contigo).
>
> Até pelo exemplo citado, façamos tudo ao nosso alcance para que reine em
> nossa Loja uma atmosfera de carinho, afeição, tranqüilidade, paz, amor e
> harmonia para nossa constante elevação e glória do Grande Arquiteto do
> Universo.
>
> O emprego da aclamação Huzzé na Maçonaria tem também o sentido esotérico
> numa indução moral a que se busque o prazer no que se pratica, para o bem
> da humanidade (isto no começo) e, no final, a mesma alegria pelo bem
> praticado, não sem também invocar particularmente o duplo sentido do “Ele
> é ou ele está…” (com todos, evidentemente).
>
> O importante é que, no momento exato, gritemos de alegria sempre que
> pudermos estar reunidos em Templo e rendermos graças por estarmos juntos
> mais uma vez!.
> Huzzé, Huzzé, Huzzé!

MARANATA!  MARANATA!  MARANATA!

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