Bens de pastores da Maranata crescem 6 vezes

Foi a quanto chegou o aumento do patrimônio de alguns dos administradores da igreja, segundo investigação do Ministério Público

Foto: Vitor Jubini – GZ

 Vitor Jubini - GZ

Um total de 26 pessoas, a maioria pastores da Maranata, está sendo investigado pelo desvio de dinheiro do dízimo doado por fiéis

As investigações que apuram o desvio do dinheiro do dízimo doado pelos fiéis da Maranata revelam que os pastores que administravam a igreja podem ter enriquecido de forma ilícita. Um exemplo vem do patrimônio deles, que, nos últimos cinco anos, chegou a engordar até seis vezes. E não fica só aí: a movimentação financeira em suas contas foi até dez vezes maior do que o rendimento declarado ao Imposto de Renda.

A análise das finanças faz parte das investigações que estão sendo conduzidas pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e estão no processo que tramita na Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, ao qual A GAZETA teve acesso.

O material serviu de respaldo para que a Justiça autorizasse a busca e a apreensão de documentos e equipamentos na igreja e na casa dos investigados, além do sequestro de bens da instituição e de seus pastores, no final do ano passado.

“Ressaltamos a corrida por retificações nas declarações de Imposto de Renda de boa parte das pessoas físicas alvos do processo, que fizeram acrescer transações, bens e valores até então omitidos para não demonstrar incompatibilidade.”“É possível extrair variadas descrições das práticas ilícitas adotadas por membros da igreja.”Relato dos promotores no processo que tramita na Justiça

Clandestino

Foi a partir da quebra do sigilo fiscal dos investigados que o Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro, do Ministério Público Estadual, acabou confirmando as denúncias sobre a destinação clandestina do dinheiro doado pelos fiéis. “Era utilizado por determinados membros para investimento em bens e vantagens particulares”, diz o relato dos promotores, no processo.

De acordo com as denúncias, com o dinheiro doado foram comprados apartamentos, casas, sítios, carros, e pagas contas de cartões de crédito. Até dólares foram enviados para o exterior na mala dos fiéis. O resultado, segundo relato dos promotores, é uma evolução patrimonial “considerável e incompatível” com a renda declarada.

Enriquecimento

Para exemplificar a situação à Justiça, foram utilizados cinco casos de pastores e suas respectivas situações patrimonial e financeira. “Há exemplos do súbito, injustificado e suspeito enriquecimento de alguns membros da igreja”, relata o texto.

Um dos casos apontados é o de Gedelti Victalino Gueiros, um dos fundadores e presidente da Maranata, afastado do cargo no final do ano passado. A movimentação de dinheiro em sua conta foi sete vezes superior ao seu rendimento, “indicando clara incompatibilidade entre os anos de 2009 e 2011”, diz o texto do processo.

Em 2009, por exemplo, seu rendimento bruto declarado foi de R$ 127 mil, mas a movimentação em sua conta superou os R$ 964 mil.

Sem crise

Não é muito diferente a situação de Antonio Angelo Pereira dos Santos, ex-vice-presidente, que foi apontado pela própria igreja como um dos responsáveis pelo esquema de corrupção. Seus bens, assim como sua movimentação financeira, cresceu mais de seis vezes nos último cinco anos.

Um detalhe curioso é que o seu patrimônio continuou aumentando até mesmo nos períodos em que seus vencimentos estavam em queda. De 2009 para 2010, seu rendimento caiu de R$ 77 mil para R$ 45 mil, mas seu patrimônio foi de R$ 349 mil para 375 mil.

Há ainda o caso do pastor Adaíso Fernandes Almeida, cujo patrimônio saltou de R$ 667 mil para R$ 2,97 milhões em cinco anos; do pastor José de Anchieta Fraga Carvalho, cujo patrimônio triplicou, e sua movimentação financeira foi quase dez vezes superior ao seu rendimento declarado; e também do pastor Alexandre Melo Brasil, cujo entra e sai em sua conta foi oito vezes maior do que seus vencimentos.

Boa parte dessa movimentação ocorreu no momento em que o mundo vivia os reflexos da crise financeira que teve início em 2008 e teve repercussões nos governos federal, estaduais e municipais e até nas empresas nos anos que se seguiram.

Infográfico: Pastores mais ricos

Investigados

Ao todo, 26 pessoas estão sendo investigadas pelo Gaeco como responsáveis pelas fraudes. A maioria fazia parte da administração da igreja, grupo destituído pela Justiça no final do ano passado. Entre essas pessoas estão Gedelti Victalino Gueiros e Antonio Angelo Pereira dos Santos.

O esquema de corrupção que desviou o dinheiro doado pelos fiéis foi viabilizado por intermédio de notas fiscais frias que pagavam serviços superfaturados, segundo as denúncias. Elas indicam o envolvimento de pastores, diáconos e até fornecedores do Presbitério de Vila Velha, que concentra a administração dos mais de 5 mil templos no Brasil, além de outros no exterior.

Segundo relato dos promotores do Gaeco, constantes no processo que tramita na Justiça, o dízimo foi usado até em outras vantagens particulares. “E, para acobertar os desvios e as irregularidades, os envolvidos no esquema criminoso se valiam da constituição fraudulenta de empresas e acordavam a emissão de notas fiscais superfaturadas”, diz o texto.

Há denúncias ainda de que equipamentos eletrônicos foram adquiridos no exterior e importados de forma ilegal. O material teria sido utilizado na montagem de um sistema de audiovisual para a igreja transmitir seus cultos para templos no Brasil e no exterior.

Entre os crimes que podem ter sido cometidos estão estelionato, falsidade ideológica, formação de quadrilha, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e até formação de curral eleitoral. Há investigações também sendo feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

Silêncio

O promotor do Gaeco, Lidson Fausto da Silva, não quis se manifestar sobre detalhes do caso, argumentando que as informações são fornecidas por intermédio de nota oficial do Ministério Público Estadual, quando necessárias.

Silêncio semelhante, segundo as poucas informação confirmadas pelo promotor, vem sendo mantido pelos membros da igreja já intimados a depor. Quase todos têm se recusado a falar, sob o argumento de que só comentam o caso em juízo.

Uma preocupação de que essas pessoas poderiam sofrer algum tipo de intimidação está presente no processo. Promotores relatam as dificuldades encontradas para colher novas provas e depoimentos em decorrência até do “receio de sofrer retaliações, perseguições e difamações na igreja”, diz o texto do processo judicial.

A juíza Sayonara Couto Bittencourt Barbosa chegou a proibir que as 26 pessoas investigadas, incluindo os pastores, façam contato com qualquer testemunha que já foi ouvida ou que ainda vá prestar depoimento. Há pessoas que têm recorrido à Ouvidoria do Ministério Público Estadual e ao Gaeco para fazer suas denúncias por telefone. “Quem liga para o 127 ou 3145-7150 tem o sigilo garantido”, assinala o promotor Lidson.

Resposta

O advogado Rodrigo Horta, que faz a defesa do pastor Adaísio, disse que só fala sobre o assunto em juízo. José Luiz Oliveira de Abreu, advogado de Antonio Angelo, discorda das afirmações dos promotores. Ele garante que o patrimônio de seu cliente é compatível com o rendimento do mesmo e que isso será provado no momento certo, “na Justiça”, assinalou.

Foi por intermédio da assessoria de imprensa da Maranata que os demais pastores citados na matéria responderam às denúncias de enriquecimento ilícito. José de Anchieta informou que o aumento de seu patrimônio “se deve ao trabalho prestado por sua empresa a uma multinacional que lhe rendeu um faturamento especial naquele período”.

Já Alexandre Mello, que também é advogado, explicou que “recebe quantias em nomes de clientes, faz o saque e repasses, ficando apenas com os honorários, o que justifica sua movimentação bancária”.

Convicção

O ex-presidente da Maranata, Gedelti Victalino Gueiros, assinalou que, “de acordo com parecer técnico de auditoria independente, a evolução financeira no período de 2007 a 2011, contrapondo aos dados apresentados pelo Ministério Público Estadual, é compatível com seus rendimentos”. Acrescentou ainda que os dados estão à disposição da Justiça.

A Igreja Maranata, por sua vez, assinala que reafirma sua convicção de que as acusações serão esclarecidas. “A igreja jamais se insurgiu contra qualquer tipo de investigação que esclareça os fatos”, disse em nota oficial, acrescentando que “é com base na transparência e respeito integral à verdade que a Igreja Cristã Maranata confia no rápido desfecho para esse lamentável episódio”.

Entenda o casoDenúncias

No final de 2011,  circularam informações de que o dízimo doado por fiéis da Maranata estava sendo desviado por pastores, diáconos e fornecedores da igrejaMatérias

Após A GAZETA publicar matérias sobre as fraudes, o Ministério Público Estadual abriu uma investigação criminal em fevereiro do ano passado

Rombo

O prejuízo estimado era de R$ 21 milhões, mas a Maranata recorreu à Justiça, pedindo o ressarcimento de R$ 2,1 milhões

Acusados

O então vice-presidente da igreja, Antônio Angelo Pereira dos Santos, e o diácono e contador Leonardo Alvarenga foram apontados, pela Maranata, como os responsáveis pelo esquema de corrupção que desviou o dízimo. Os dois foram afastados de suas funções e processados na Justiça

Investigações

As investigações conduzidas pelo Gaeco revelaram que outros pastores da cúpula da Maranata, incluindo seu líder, Gedelti Gueiros, estavam envolvidos nas fraudes. Seus sigilos bancário e fiscal foram quebrados

Operações

No fim de 2012, os promotores do Gaeco e a Polícia Federal realizaram uma operação conjunta, denominada “Entre irmãos”, em que  foi feita a busca e a apreensão, além do sequestro de bens da igreja e dos pastores investigados

Fonte: A Gazeta

fonte: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/01/noticias/cidades/1390951-maranata-bens-de-pastores-crescem-6-vezes.html

comentário:

E não vamos esquecer as palavras do FUNDADOR gedelti gueiros: “a obra é POBRE!”

CONTINUEM FAZENDO VAQUINHA ENTÃO para comprar cesta básica para quem necessita!!

E o GRANDE FUNDADOR vai na radio maanaim pregando com relógio de ouro que vale 20000 USD ou digamos vale 300 cestas básicas que ele usa no pulso enquanto vocês fazem vaquinhas!! pagam a diferença da conta de energia, limpam, pintam , zelam a obra dele – dele de gedelti gueiros!!

Mas já saíu a defesa do grande comendador e maçon gedelti gueiros – o fundador da maranata e aluno de jim jones:

nota da maranata em defesa de gedelti gueiros

nota da maranata em defesa de gedelti gueiros

TUDO BEM GEDELTI GUEIROS!

Então se tudo está certo – qual seria o problema em você apresentar publicamente os contratos de venda com valores notificados em cartório dessas vendas?

Explique? Alguém REALMENTE acredita que o Ministério Público não teria incluído esses valores de venda? SE NÃO INCLUÍU foi porque gedelti gueiros não declarou!

ESSA cupula da maranata realmente acredita que somente tem BURROS aqui… Se teve venda, alugueis recebidos deveriam constar como “rendimentos”!!!

ISSO não explica a MOVIMENTAÇÃO!!

COM ISSO ELE, GEDELTI GUEIROS, ACABA DECLARAR AGORA PUBLICAMENTE COM ESSA NOTA QUE FEZ UMA FRAUDE NAS DECLARAÇÕES DE RENDA ENTRE 2009 a 2011!!!

QUE OBRA MAGGAVILHOSA hein GEDELTI?

Essa declaração do PES pede ainda mais por esclarecimento!!

Assim como certas mortes no passado GRITAM por esclarecimento!

Pedimos ao Ministério Público Federal e Ministério Público do Estado do Espírito Santo investigação das mortes recentes do Pr. Julio Cesar que morreu de “acidente” no Paraná e da morte do Pr. Cesar Firme que morreu durante um exame de rotina no Hospital Meridional!

Alguém fala de EXUMAÇÃO do corpo de Cesar Firme…

http://cavaleiroveloz.com.br/index.php/2011/11/a-falsa-uncao-gera-morte/comment-page-3/#comment-50013

Morreu Cesar Firme, um dos muitos envolvidos na corrupção instalada na ICM. http://cavaleiroveloz.com.br/index.php/2012/03/estelionato-religioso/comment-page-2/#comment-49943

No caso do Pr. Julio Cesar foi confirmado que o carro estava manipulado nos freios! E irmãos declaram publicamente que a família dele recebeu uma alta quantia em dinheiro da cupula da maranata para ficar em silêncio.

Além desses dois existe também o caso do policial Joelson que também morreu de acidente fatal e a perícia constatou que TAMBÉM foi mexido nos freios do carro. Ele estava voltando de uma reunião com a cupula da maranata na qual ele negou um serviço “sujo”

https://obramaranatarevelada.wordpress.com/2012/12/28/maranata-explica-para-mim-porque-os-pastores-da-maranata-envolvidos-sempre-morrem-de-acidente-tragico-de-carro/

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Casos de pedofilia, coito anal, lado obscuro da seita, maçonaria e segredos da obra… http://cavaleiroveloz.com.br/index.php/2012/12/bando-de-fariseus/comment-page-4/#comment-50004

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Façam cópias dos artigos e distribuam aos membros
http://cavaleiroveloz.wordpress.com/

Leiam os testemunhos de retirantes
http://testemunhosderetirantes.wordpress.com/

O monarca deixou as “marcas do passado”
http://cavaleiroveloz.com.br/index.php/o-gedeltismo-nos-traiu/

http://diganaoaseita.wordpress.com

https://www.facebook.com/despertacrenteJo629

 

“Por fim, lamenta que tais leviandades construídas por uma dissidência da igreja atentem contra os pilares firmes, que há 45 anos, sustentam a instituição.
“Nota de esclarecimento publicada na Rádio Maanaim em 19/01/2013.

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1) Leviandades construídas por uma dissidência da igreja:
A ICM não quer largar o osso, e continua se utilizando da velha estratégia de desviar o foco do assunto, lançando-o sobre outrem. Estamos por demais acostumados com a tal falácia ad hominem, tão em voga neste forum: “a culpa não é nossa, e sim dos caídos!!!”

2) Pilares firmes com 45 anos de idade:
Hoje todos sabem quem são esses pilares, que uma vez enfraquecidos, promovem a derrocada dessa Obra. Não dão a mínima para a condição espiritual de seu rebanho. São daqueles que dizem que”templo é dinheiro”, e depositam seu futuro financeiro sobre “pequenas igrejas, grandes negócios”.

Denunciar não é leviandade.
Leviandade é aproveitar-se dos menos esclarecidos e/ou favorecidos em benefício próprio;
Leviandade é escravizar multidões em nome de uma “revelação” travestida de divina;
Leviandade é rir-se a portas fechadas da turba cabisbaixa que só pensa em OBDC;

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Meus parabéns à equipe do Jornal A Gazeta pelo belíssimo acompanhamento do caso, e por fazer-nos saber de seu interesse na defesa dos fiéis que [sic] “tudo indica, estão sendo enganados por certos pastores”.

“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rm 12:2

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